quinta-feira, 30 de junho de 2011




a máquina não passa a imagem da flor
porque no lápis ficou leve demais o risco

tem vermelho na calça do meu pijana, nem tinta é.

pensava hoje nos gritos que ele me deu - lentamente, tirei o telefone do ouvido.
e na cabeça passa um velho filme
de terror.

era uma folha marrom:
parecia um desenho de flor. era lilás. e algo escrito que falava de forma.



se acabaram o papel as palavras e as formas na parede

da sala com piso requintado.

desde então não tenho nada.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

pronto agora sim: arranca tudo. cada pedaço de palavra que plantou. cada osso enroscado pregado na minha garganta que não pronuncia nada dentro da ordem. vai?
desafoga cada melancolia que os olhos não olham através do umbigo (...) não é capaz de ver
sua confusão mental ou deboche
me deixa furiosa,
quase triste.
o chão parece vesgo e na garganta tua dói vespas


da minha língua



por fim quase choro. e nem peço nem nunca pedi quem é. nunca quis nada. vai de novo arranca tudo e ri.


preciso ficar sozinha vai embora desaparece daqui

segunda-feira, 20 de junho de 2011

não, não tenho medo da vida, nem de ficar só. penso que evitar o amor, um qualquer, (e suas referências bibliográficas) deve ser como parar um salto... por um instante... no meio do caminho do suicida ao lado.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

colher um galho de calêndula
sal
macerar até o calor das mãos
fazer brotar o cheiro.
macerar as petálas
até sair o óleo

pra cicatrizar você em mim

domingo, 12 de junho de 2011